Todos sabemos que ao andarmos de bicicleta, o que acontece se pararmos de pedalar. A bicicleta não se sustenta em pé e caí! Para evitar a derrubada das contas públicas, o governo vem usando, desde maio deste ano de 2014, a técnica de transferir despesas correntes e incorridas, de um balanço mensal para o seguinte, e assim sucessivamente. Esta técnica é criativamente chamada de "pedalada fiscal".
O Dilmês Econômico, que já cunhou termos como "contabilidade criativa", que é a arte de transformar despesas em investimentos e transferências de dinheiro em receitas, vem agora com este termo que demonstra o estado de deterioração das contas públicas.
Os bancos estatais, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, já vem desde maio pelo menos, suportando as despesas com pagamentos de benefícios sociais, aposentadorias do funcionalismo público e o Bolsa-Família, que não tem sido repassadas pelo Tesouro Nacional, de forma automática. Esta conta já está em quase R$5 bilhões na CEF e mais de R$4 bilhões no Banco do Brasil. Isto configura um empréstimo concedido ao controlador do Banco, repelido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Este dispositivo da lei foi criado para impedir que os governadores de Estado sacassem a descoberto em seus bancos estatais. Não se esperava que a própria União fosse fazer isto. Se for obrigada a contabilizar este déficit em conta, nem contabilidade criativa consegue fechar o balanço este ano!