sábado, 15 de agosto de 2015

A conjuntura da crise institucional

          Num cenário esperado e pré anunciado de crise, o atarantamento do governo converte-se em imobilismo, usando técnicas manjadas de marketing politico para tentar convencer a população que não existe crise ou que a crise é culpa dos problemas econômicos externos.  
          Judiciário inerte em todas as instâncias, com processos (agora digitalizados) se acumulando, sem solução à vista.  Processos que aguardam até dez anos por uma sentença de primeira instância, dão a sensação de impunidade necessária para o caos econômico e administrativo.  A judicialização de praticamente todas as demandas, como contratos registados e assinados pelas partes, mas descumpridos, locatários que não cumprem suas obrigações, patrões que não pagam rescisões salariais, invasões de propriedades de forma violenta e uma série de demandas que poderiam ser resolvidas sem necessidade de recorrer ao judiciário, ajudam a travar a máquina da Justiça, agravando o caos.
         Na área Econômica, as demandas políticas se sobrepõem às necessidades de um ajuste fiscal minimamente coerente, que passe por cortes nas obesas despesas desnecessárias e destinadas a dar conforto político e pessoal aos dirigentes da nação.  Ministérios e cartões corporativos em profusão, não se incluem no corte de despesas.  Nem nas palavras da presidente da República, que anunciou cortes nas áreas fundamentais da Educação, Saúde e Segurança, se ouve qualquer palavra sobre estas despesas suntuárias ou sobre misteriosos e secretos financiamentos a ditaduras estrangeiras, baseados em uma estranha e ultrapassada afinidade ideológica, sem nexo com qualquer interesse econômico que demonstre o resultado destes investimentos.