Quando se elaboram políticas públicas visando apenas o horizonte eleitoral, compromete-se o futuro de uma nação.
Aqui chamam-se gargalos aos estrangulamentos de infraestrutura, às deficiências educacionais e qualificação profissional, aos atrasos em desenvolvimento de tecnologia de ponta e utilitárias, etc.
Quando se expande a produção agrícola sem contar com um bem estruturado sistema de silos e armazéns para guardar o excedente de produção, não se consegue regular os preços destes produtos na fartura ou escassez. O resultado é a desvalorização das cotações na fartura e preços exorbitantes na escassez.
Quando se faz uma política pública em que se privilegia o transporte de cargas e passageiros por rodovias, deixando de lado as ferrovias, hidrovias e o transporte marítimo, num país com uma imensidão de território, costas e rios navegáveis, constata-se o descaso das autoridades com o planejamento estratégico e a logística de transportes. É a visão de curto prazo que prevalece. O agradecimento dos empresários das montadoras de veículos traduz-se em verbas para campanhas eleitorais.
Quando não se dá atenção a um bom sistema de transporte urbano, proliferam os veículos de transporte individual (bom para as montadoras, novamente), causando engarrafamentos (gargalos de trânsito) e perdas de produtividade, criativa e laboral.