domingo, 15 de dezembro de 2013

A liberdade, segundo Ghandi e Mandela.

          Ghandi e Mandela mostraram como se faz.  O primeiro, totalmente pela resistência pacífica contra o poderoso opressor inglês.  O segundo, sem descartar a força das armas para atingir a liberdade do povo.  Ambos conseguiram libertar seus povos do jugo estrangeiro e da classe dominante, provando que é possível viver em paz, compartilhando, sem perder a independência e a auto determinação.
           Aqui no Brasil, nossos heróis foram Edson Arantes do Nascimento (Pelé) e Ayrton Senna da Silva.
           Na Índia e na África do Sul, os heróis da união e do orgulho popular foram homens em busca da liberdade de seus respectivos povos.   No Brasil, estes heróis da união e do orgulho popular foram desportistas, mostrando com seus respectivos talentos que não somos tão vira-latas assim.
         Acho até que nossa já famosa baixa estima é a responsável por impedir o surgimento de homens como Ghandi e Mandela por aqui.  Pior para nós.
          Conviver com quadrilhas instaladas no poder, assaltando diariamente o país, com o beneplácito da justiça, da mídia calada com dinheiro e da omissão de um povo ignorante e submisso, dependente das esmolas governamentais e do egoísmo cúmplice das classes média e rica, que se escondem atrás de seus muros, fingindo que o saque dos recursos públicos e a bem urdida trama de perpetuação no poder não os atingem, é muito difícil, quase impossível.
          Aqui, criminosos fazem leis contra os juízes que os condenaram, pretendendo a anulação de suas respectivas condenações.  Confisco de bens então, nem pensar!   Ninguém têm mais pruridos de consciência ou vergonha de exibir suas malfeitorias.  O que importa é a versão, não os fatos.
          Políticos presos se dizem presos políticos.  Não é só um jogo de palavras.  Buscam convencer a opinião pública e seus seguidores que são vítimas de perseguições políticas, não meros ladrões e oportunistas que se aproveitam da proximidade do cofre, do qual tem as chaves e a guarda, para encher as burras com dinheiro público e privado, para atender a interesses inconfessáveis dos que os apoiam neste saque.
          Empresas fantasmas e "laranjas" (pessoas que figuram como donas de negócios, em nome de terceiros desconhecidos), são frequentemente usadas para a lavagem de dinheiro do crime organizado, público e privado, sem que o Ministério Público, a Receita Federal e a Polícia Judiciária, executem algum programa consistente de detecção, mapeamento e desarticulação dos esquemas montados para drenar os recursos públicos para as contas particulares destes criminosos instalados dentro e fora do Governo.
          Hoje, o Brasil precisa mais de Polícia do que de Educação, esta já perdida no tempo e nos recursos públicos desviados para o bolso de ministros e secretários encarregados de administrá-la.
          Antes, dizíamos:  Eduquem-se os homens para não precisar prendê-los.
          Hoje, dizemos:  Prendam-se os homens para poder educá-los.
          

Um comentário:

  1. Bom dia! meu nobre amigo.
    Parabéns! Pelo excelente artigo.
    Estamos vivendo uma era de jovens alienados pela mídia, alimentados por "heróis" salvadores da pátria.
    Abçs

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