terça-feira, 15 de outubro de 2013

A reeleição do poste.

          Depois de quase acabar com o Real, ao reduzir de forma arrogante e autoritária os juros, expandir a base monetária com a concessão de empréstimos consignados para sustentar o consumo, diminuir na marra os custos de energia elétrica, privando as empresas de investir e fazer manutenção nas redes, praticamente "rasgar" a Lei de Responsabilidade Fiscal, ao conceder exonerações tributárias a empresas escolhidas a dedo, o que levou a inflação a patamares próximos do descontrole geral, vem agora nossa presidente permitir um aperto nos juros, que vão em breve ultrapassar os 10% anuais, visando mais a reeleição do que o conserto nos estragos na Economia que causou.
          Se os juros subirem até 10%,  a classe média e a emergentes classes C e D que se endividaram nesta orgia creditícia patrocinada pelo governo, vão quebrar ou se tornar inadimplentes.

         O estímulo à compra de automóveis zero quilômetro, móveis e utensílios para as casas novas adquiridas pelo Programa "Minha casa, minha vida", vão primeiro conduzir os bancos estatais, responsáveis pela maior parte do crédito concedido, a um rombo de caixa por falta de pagamento, que o Fundo Garantidor de Crédito, sozinho, não vai conseguir evitar.
         Como 2014 é ano eleitoral, provavelmente o governo vai evitar um aperto muito grande que traga insatisfação aos eleitores justo nesta hora, mas, vença quem vencer as eleições, nosso futuro econômico é sombrio.  Vai ser uma reedição da reeleição do FHC, quando após a sua vitória, o dólar dobrou de valor, ou seja, nossa moeda ficou valendo só a metade, graças à política de esconder os problemas reais da população, para conseguir a vitória eleitoral.
          Déficits comerciais crescentes, juros em ascensão, limitando investimentos, infraestrutura sucateada por um PAC que só serviu para eleger a presidente, mas não conseguiu reformar estradas, portos e aeroportos, nem sequer obter a transposição do Rio São Francisco, cujas obras estão abandonadas, tudo isto inspira cuidados com os rumos de nosso país.
         Se somarmos a tudo isto à corrupção desenfreada que suga os recursos públicos como se fossem infindáveis, a enxurrada de emendas à Constituição que a desfiguram, possibilitando toda sorte de ataques aos direitos individuais e coletivos, teremos o quadro de dificuldades crescentes a enfrentar.   
         A mesma política pragmática que, com a ajuda do ex-presidente Lula, agora garoto-propaganda das empreiteiras brasileiras no exterior, arrumando novas obras para elas, perdoando dívidas de países dominados por ditaduras de todos os matizes, só para poder continuar financiando-as e contrariando novamente a Lei de Responsabilidade Fiscal, é usada para transferir financiamentos secretos para Cuba e Angola. Financiamentos secretos?  Pois é.  O Senador Álvaro Dias não conseguiu informações do BNDES sobre as vultosas transferências de dinheiro para estes países, sob a alegação que são financiamentos secretos determinados pela presidência da República, cuja documentação só estará disponível depois de 2027!  Parece que tem um carimbo "Top Secret" nos papéis que impede até o Senado de saber a natureza destas transferências de nosso dinheiro para ditaduras comunistas da África e Caribe.
          Depois, a presidente ainda fica chateada com a xeretagem americana nos seus e-mails.  Não precisava nem xeretar.   Segundo o ditado, "dize-me com quem andas e te direi quem és!"
         Pobre do Brasil se ela conseguir se reeleger!   Se Deus for realmente brasileiro, vamos perder a Copa do Mundo em casa, com Felipão e tudo.  A nossa seleção brasileira tem encontrado dificuldades crescentes para superar adversários historicamente medíocres ou ainda ingênuos nesta prática esportiva.   Aí, talvez o povo acorde deste sonho esquizofrênico que o PT e o PMDB nos enfiaram!
          Diz a presidente sobre a advertência da ex-senadora Marina Silva (levou um toco da justiça eleitoral para impedir sua candidatura) que a economia brasileira está comprometida e é preciso restaurá-la:   "O governo tem cuidado da solidez macroeconômica, baseado na adoção de metas de inflação, câmbio flutuante e política fiscal geradora de superávits primários."  Diz também que vai continuar combatendo o aumento de preços.  Só adotando o congelamento à la Cristina Kirchner, da Argentina.
          Certamente tem feito isto com maquiagem de balanços (agora batizada de contabilidade criativa), perdão de dívidas de países estrangeiros e perdão de juros e multas de tributos devidos por empresários brasileiros para obter apoio eleitoral, transformação de prejuízos em receitas fiscais, adiantamento de dividendos das estatais para fechamento de um artificial superávit primário, etc.  O resto, todos sabem.  só o Ministério Público e o STF ainda não perceberam.

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