Em face dos últimos acontecimentos no Rio de Janeiro e algumas cidades do país, onde assaltantes foram presos pela população em postes, cercas e até enrolados em cordas e deitados sobre formigueiros enquanto aguardavam a polícia, senti necessidade de comentar estes fatos que vem se alastrando como um novo modismo cultural.
Vozes condenando a prisão e os mal tratos sofridos por estes meliantes, defensores dos direitos humanos acusando "justiceiros de classe média" e a barbárie decorrente de se fazer justiça com as próprias mãos, são em princípio "compreensíveis", como diria a jornalista do SBT Rachel Sheherazade.
A propósito, a jornalista sofreu um tremendo linchamento moral, inclusive com defensores deste tipo de "direitos humanos" pedindo sua demissão da emissora. Não vi nenhum órgão público de direitos humanos defendê-la, nem a própria categoria a qual pertence. Estranho, não?
Para ajudar no raciocínio, listo abaixo alguns dados para consideração:
1- O Código Penal Brasileiro prevê a chamada "prisão de cidadão", dando poderes ao cidadão que presencia a ocorrência de um delito, deter o delinquente e chamar a polícia.
2- Os detidos, pretos, brancos, mestiços, de idade variada, menores e maiores, não foram linchados na acepção do termo: mortos, mutilados ou castrados (um fracasso para a esquerda, à procura de um mártir, negro ou oprimido). Levaram uns tapas da população indignada com a omissão das autoridades que deixam este tipo de gente à solta, praticando crimes sem prendê-los ou investigá-los e os prenderam a postes, cercas ou os enrolaram em cordas, à espera da polícia. Foi uma típica prisão de cidadão. Estivessem os delinquentes armados, o resultado seria certamente outro, com morte dos cidadãos. Haveria repúdio da Secretária dos Direitos Humanos ao assassino do cidadão que tentou prender o bandido?
3- Em todos os casos, a polícia demorou mais de duas horas para atender à ocorrência. Se o criminoso não estivesse contido, escaparia com certeza, sendo mais um caso de impunidade não investigada. O primeiro da série, escapou do ambulatório para onde foi levado e já no dia seguinte estava assaltando de novo. Foi preso novamente por turistas e populares e entregue à polícia. Bendita reação popular! Inebriado pela súbita notoriedade, ainda se identificou como "o do poste", para não levar mais uns tapas.
4- A jornalista usou o direito de expressão, consignado em nossa carta magna. Se cometeu algum crime, por que não a processam e exigem retratação? Achar compreensível a atitude de uma população cansada do descaso das autoridades com o crime, passando a mão na cabeça (literalmente), de criminosos menores de idade, é natural e somente um hipócrita cego à razão ousa discordar! Como disse um deputado da direita política, cada vez mais minoritária neste país, sabem roubar, atirar, matar, estuprar, etc., mas não sabem que o que estão fazendo é errado? Fico ao lado da jornalista neste episódio e do direito à opinião de uma brasileira que também está cansada de ver tanta coisa errada acontecendo neste país,com a complacência, leniência e procrastinação das autoridades. É justo destacar que a jornalista não apoiou o tratamento dispensado ao ladrão, só disse que era compreensível a atitude da população.
5- Por último, mas não derradeiramente, uma questão: Alguém que despreza os direitos alheios, pode pleitear ou exigir direitos para si?
Parabéns meu amigo. As pessoas se omitem e dissimulam suas opiniões diante de fatos como este. Os que defendem o bandido são hipócritas desejando parecer "o bom samaritano". No íntimo são covardes com medo do bandido e se juntam a eles. E quando sofrem um assalto, rezam pra aparecer um doido que mate o delinquente. Enfim, matam com o pensamento muito mais do que aquele que mata para defender a própria vida.
ResponderExcluirGrato pelo comentário. Realmente, radicais dos direitos humanos das "vítimas da sociedade", costumam encrencar quando um bandido é preso ou maltratado, embora não se preocupem com o cidadão, vítima da ação destes delinquentes.
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