quinta-feira, 17 de julho de 2014

2015 - o ano que não vai começar.

          Conforme venho relatando em diversas matérias neste Blog,  a orgia de gastos públicos em esquemas assistencialistas, desonerações tributárias de empresários aliados, parcelamentos e reparcelamentos de débitos pelo REFIS (já lançado três vezes neste governo), as transferências bilionárias de recursos para o exterior para financiar obras em ditaduras e proto ditaduras aliadas ideologicamente ao governo brasileiro, etc., esgotaram rapidamente nossas reservas internacionais, já bastante abaladas pelo déficit em conta corrente (resultado de todas as transações de comércio exterior, viagens internacionais e gastos de turistas, aqui e lá fora, etc.) que, neste mês de maio de 2014, fechou no negativo em US$86,1 bilhões.   O governo gastou tudo o que pode, congelou preços e tarifas, usando um expediente antigo e comprovadamente ruinoso, o controle de preços.

          Agora, às vésperas das eleições, resolveu arrombar as portas do cofre para garantir seu sucesso eleitoral.   Descobriu que, mesmo com a criatividade impar de sua contabilidade, que registra despesas como investimento, aumentando artificialmente os ativos e saldos em conta corrente, o cofre está praticamente vazio, com todos os recursos comprometidos para os compromissos já assumidos.
           Resolveu atrasar as restituições do IRPF,  soltando os lotes aos poucos, para não ficar inadimplente com os contribuintes,  Muitos só receberão no próximo exercício, após as eleições e a posse dos novos eleitos.   Isto se o ano começar com dinheiro em caixa.  Quem se eleger vai ter muito trabalho para arrumar a desordem fiscal, administrativa e financeira, patrocinada por esta equipe econômica, capitaneada pela própria presidente da República.
            Se as contas não fecharem, este ano não termina.  Terá que ter mais que 365 dias para proporcionar o fechamento das contas com algum superávit primário.  Qualquer um que seja, mesmo abaixo de 1%, o máximo que poderão conseguir.
         Numa conta simples, se temos uma inflação raspando o teto da meta de 6,5% e até ultrapassando em alguns meses, com controle de preços e tudo, para um superávit primário de 1%,  a diferença de 5,5% é quanto sua renda ou salário foi confiscada pela incompetência geral do governo brasileiro.  A turma do Bolsa-família, já não consegue comprar nem a metade do que comprava quando o programa foi lançado.  Isto gera instabilidade social e consequente revolta daqueles que o governo diz querer proteger.
          Para um PIB de US$1 trilhão, 5,5% representam US$55 bilhões devorados pela fogueira inflacionária, abanada diariamente pelo Governo Federal!
         Então, como o governo vai fazer para resolver estes problemas?    Já está fazendo!   Como  não tem mais dinheiro sobrando, está de olho na poupança da população.  Já vimos isto antes no Plano Collor, lembram?   Confisco das poupanças para suprir os déficits do governo, devolvendo os valores após um longo período e com correção pífia em relação à inflação verdadeira.   Voltamos ao período anterior a 1994, época do lançamento do Plano Real.  Isto é como se ele já tivesse acabado ou nunca tivesse existido! 
         Já existe um projeto de lei, patrocinado por deputados petistas, criando a poupança fraterna, que incluí um limite de gastos mensal para cada cidadão, independente de sua classe social ou gastos efetivos que tenha para viver.   A diferença será obrigatoriamente depositada nesta poupança fraterna, para resgate provavelmente nas calendas gregas!   Dizem que será em dois anos, mas quem acredita mais neste governo?
          Mesmo que mude o governo, este terá que enfrentar este problema de frente, pois as contas públicas não podem esperar e alguém (quem?) terá que pagar a conta.
          Por isto, se 2015 começar, financeira e administrativamente falando,  ninguém conseguirá prever quando!   Estamos andando para trás, como pensar em seguir em frente?  Quem puder, salve-se!   Descubra também formas criativas de proteger seu patrimônio, antes que algum aventureiro, dele lance mão!
          

9 comentários:

  1. Marcelo Pinel Maltez17 de julho de 2014 às 19:38

    Marcelo Pinel Maltez

    Muito bom texto! Esteves vc é um excelente articulista! Parabéns pela qualidade e clareza do seu texto!

    Forte abraço!

    Enviada do meu iPhone

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  2. Francisco Folhadella18 de julho de 2014 às 14:15

    Parabéns Esteves , a verdade precisa ser dita, e ouvidas por aqueles que a procuram.

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  3. José Fernando, enviei um comentário acerca de sua última redação, não sei se recebeu, assim sendo, repito aqui para ciência : A pergunta que não quer calar é a seguinte : Como explicar que apesar do que você redigiu e todos os desmandos de 12 anos de desgoverno petista, ou seja mensalão 1, aloprados, falsificação do do currículo Lattes da Dilma, Mensalão 2 (caso Petrobrás, refinarias Abreu Lima e Passadena), alteração de perfis de jornalistas por computadores situados dentro do Planalto, etc... etc... etc... a candidata do PT continue tento as intenções de voto que os Institutos de Pesquisas no dão notícias ???????

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    1. Caro Cláudio Gabriel,

      Bom dia. Acuso o recebimento de seu e-mail. Vou verificar na lista a presença do e-mail anterior que, confesso, não percebi.
      Quanto à sua pergunta, parece que você próprio lista as respostas. Sim, meu amigo, a resposta é: Mentiras, mentiras e mentiras..
      Tudo o que o PT e seus aliados propagam são mentiras, como as que você listou.
      Como explicar que os Institutos de Pesquisas mostrem os resultados de intenções de votos que mostram? O pedido de demissão em massa dos pesquisadores do IBGE quando da pesquisa do PNAD, por questões de interferência do Palácio do Planalto nas Pesquisas Nacionais por Amostragem de Domicilio, visando impedir sua publicação antes de revisão dos dados pelo desgoverno Dilma, já demonstra a forma de trabalho que está sendo permitida aos Institutos de Pesquisa.
      Também temos o terror que vem sendo incutido nas pessoas das camadas mais baixas da população, quando ao retrocesso de direitos que seus adversários implantariam, etc.
      Acredito até que, caso algum Instituto de Pesquisa tente publicar um boletim onde a Dilma aparece fora do primeiro lugar, eles impedirão e farão ameaças ou mesmo atos terroristas contra a empresa. Se pública, não publica, se privada, invasão e destruição!

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  4. É um bom momento para comprar dólares?

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    1. O bom momento foi antes das eleições. Agora, é preciso observar a boa ou má vontade dos investidores internacionais com o Brasil. O dólar comercial fechou em R$2,71 na sexta, 07/11;14. Em julho, estava a R$2,23. Há previsões, penso que alarmistas, estimando o dólar em janeiro na casa dos R$3,10! Avalie, informe-se e julgue!

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  5. Grande modicum capilum. Finalizou como D. João VI em sua despedida do Brasil, dirigindo-se a D. Pedro I.

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  6. Fernando
    Bom dia

    Cheguei à seguinte conclusão
    Essas denúncias da Veja contra os governantes da nojo, por mim esta revista deveria ser banida, só tem fofoqueiro e mau caráter; olha a cassação do Collor, o cara foi inocentado, cadê a punição da Veja?
    Como devo acreditar nessas denúncias?

    Atenciosamente
    Janio

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    1. Caro Jânio,

      O direito a uma imprensa livre não deve ser contestado, mas a responsabilidade sobre o que se diz ou escreve, também é atrelada ao direito da imprensa livre. Se o que a revista Veja ou qualquer outro órgão de mídia publica é falso, deve ser processado na forma da lei, inclusive concedendo direito de resposta, no mesmo espaço e com o mesmo destaque (é o que diz a Lei de Imprensa vigente).
      A pergunta que não quer realmente calar é: por que o governo, políticos, banqueiros, empreiteiros e gente acusada de delitos em geral, não exigem o direito de resposta na imprensa que os denuncia?

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