terça-feira, 9 de setembro de 2014

A sindrome do vitimismo

          Quando vemos uma pessoa em estado de necessidade, temos a tendência natural de ajudar ou ignorar, dependendo do estado de espírito do momento.  Quando é o país que fica em estado de necessidade, botamos a culpa em alguém (geralmente com razão) ou pensamos em abandoná-lo e ir morar no exterior.  Em ambos os casos, ninguém pensa em fazer alguma coisa para mudar a situação.
          Hoje, a frase mais dita pelos candidatos políticos a alguma coisa é: "vou fazer mais pelos que mais precisam!"   Prestem atenção nos programas eleitorais e ouçam por sí próprios!  Ora, todos precisamos muito de Educação, Saúde, moradia e segurança.  Mas, certamente não é disto que eles estão falando.  Pregam tutelar os mais carentes de serviços públicos, que são de péssima qualidade, prometendo incrementá-los ainda mais, sem qualidade, sem quantidade, sem dinheiro e sem vergonha!
          Enquanto estas pessoas carentes não contribuem para o bem geral, não pagam IPTU, usam "gatos" de energia e água potável, descartando seu esgoto na via pública, regatos, lagos e o mar (atitude que é seguida com irresponsabilidade por algumas Companhias de Saneamento e por muitos das classes mais abastadas), usam a "gatonet" (sinal furtado das operadoras de TV por assinatura), compram gás engarrafado dos traficantes e milícias (verdadeiros opressores), o povo trabalhador, ordeiro e pagador de impostos não recebe nenhuma promessa de melhoria das péssimas condições de vida que os brasileiros vivem hoje.

          Estamos em 79º (septuagésimo nono) lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, para um grupo de 187 países pesquisados.  Há quem veja nisto um progresso a comemorar, Afinal, já estivemos pior.  Dizer que as "elites branca e de olhos azuis", vivem num mundo diferente dos demais mortais é mentira do Socialismo maniqueísta, para lançar o proletariado contra quem lhes paga o salário.   A verdade é que todos dependem de serviços públicos, em algum ou em todos os momentos e nada conseguem, igualando-se todos na mesma deficiência, gerando a tão sonhada dependência das decisões políticas, que novamente atingem a todos.
            Vitimizam-se os criminosos em face da Sociedade, dita opressora, vitimizam-se os criminosos mirins, aprendizes de assassinos e traficantes, culpando-se, não os pais, mas novamente a tal Sociedade opressora, os pretos e pardos, os homossexuais, estes de fato vítimas, não da sociedade, mas de si mesmos, buscando-se dar a todos uma condição de igualdade de tratamento, favorecendo-os mais que aos demais, criando falsas injustiças sociais, que são estimuladoras da luta de classes, objetivo maior do Socio-comunismo, para implantar sua ditadura do proletariado.
         Assim, também a situação racial, onde parece que só os homens pretos e pardos enfrentam discriminação.  Chamar o homem branco de opressor, elitista, etc. não é racismo.  Chamar indígena de selvagem não é racismo.  Fazer alusões depreciativas à anatomia sexual dos orientais não é racismo.  Ser antissemita não é racismo.  Chamar português de burro e ladrão não é discriminação racista, afinal descendemos deles!. Um branco, insultado e agredido em baile funk, por um grupo de negros é novamente ofendido na Delegacia Policial, quando lhe perguntam o que foi fazer lá,  Se alguém perguntar para um negro o que faz no Iate Clube não sendo associado, será considerado racista.  Tudo pura hipocrisia, que atende aos interesses inconfessados de radicais e invejosos em geral.  Se a pessoa é melhor que outra em alguma coisa, ressalte seus "defeitos" para diminuí-la.
          Ao homossexual, infeliz com a conquista alcançada da união civil entre pessoas de mesmo sexo, querendo o casamento, com direito a adoção de crianças, não custa lembrar que num estado laico, como se prega hoje, o casamento é um sacramento da Igreja, portanto dissociado da função do Estado, pertencendo às Igrejas seu ministério.  Que cada Igreja decida segundo sua consciência.   A flexibilização do conceito de família, este também de profundo cunho religioso, é mais um objetivo a ser alcançado, retirando-se da religião sua definição.
          Enquanto o vitimismo for usado para saquear a Sociedade a favor de pessoas que nada fizeram para alcançar a própria redenção, nada fazendo para permanecer nela, ao contrário, ficam como eternos dependentes da ajuda, que se retirada, os lançará de novo na miserável situação que viviam antes,  teremos um entrave completo à busca de soluções verdadeiras, que melhorem o caminho da sociedade na  busca do seu aperfeiçoamento social, econômico e moral.
          A visão socialista de todos estes problemas, prejudica a busca de soluções, posto que vivem de estimular os problemas, para deflagração de sua revolução "redentora".  Redentora para os líderes, bem entendido!

2 comentários:

  1. Olá José Fernando, aprecio muito as suas considerações, sempre bem equilibradas e substanciosas. Acredito que a mãe de todos os males no Brasil é a pouca ênfase que se dá a educação. Tomemos como exemplo o presente debate eleitoral em que o setor praticamente ainda foi foi mencionado pelos candidatos. Falou-se em homossexualidade, corrupção, economia, segurança, mas saúde e educação foram ignoradas.. Através da educação melhoraremos todos os demais vetores ! Assim como vc também creio que o analfabeto não deveria votar, mas ao contrário acredito que não é somente ele que é corrompido. Infelizmente a corrupção, perdoe o pessimismo, está em nosso DNA (o chamado jeitinho brasileiro é prova cabal) desde o seu descobrimento com a chegada de degredados, a escória da sociedade portuguesa. Entretanto não sou tão pessimista ao ponto de considerar que não existe solução: A saída, por sinal a única que diviso, é priorizando a educação!!!!!!! Abraços, Claudio Gabriel.

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    1. Caro Cláudio,

      Se conseguirmos tornar a Educação Básica (Ensino fundamental e médio) Obrigatória, universal e gratuita, com a vinculação de todos os entes federados à meta educacional, no espaço de uma geração, teremos fornecido cidadania e condições de progresso pessoal a todas as camadas da população. Infelizmente, falta disposição política para assim proceder. Não interessa ao mundo político um povo culto e com opções de escolha. A maioria não conseguiria renovar o mandato, única coisa que realmente importa para eles, a nação que se dane!
      Sei, como você, que pessoas com formação superior, também podem ser canalhas, sem caráter e oportunistas. Mas isto, é um problema de família, de berço. Compete aos pais educar seus filhos, a escola só ministra conhecimentos. Até os sete anos de idade, se dá DISCIPLINA, ensinando a respeitar horários, hábitos de higiene, respeito aos mais velhos, etc. Dos sete ao doze anos, forma-se o CARÁTER da criança, ensinando o que é certo e o errado, que é bonito ceder lugar a uma pessoa mais idosa, independente de sexo ou dificuldade de locomoção, que é errado pegar o lápis de cor ou a borracha do coleguinha na escola (noções de propriedade, respeitando a propriedade dos outros), etc. O nosso maior problema é que formou-se entre os jovens pais de ontem e hoje, que "educação se aprende na escola". Aprender Disciplina na escola, até pode ser, mas formação do Caráter é tarefa indelegável dos pais. A própria Disciplina pessoal se aprende em casa, com horários para dormir e acordar, tomar banho sozinho, fazer as refeições no horário, escovar os dentes e aparar os cabelos com as frequências necessárias, etc. Eu, como pai de dois meninos, agora homens, deixei que dormissem até a hora que quisessem e até relaxei em algumas outras coisas, mas me preocupei muito com a formação do caráter de ambos, e estou orgulhoso disto. Tenho dois filhos com um grande caráter, generosos, honestos, respeitadores das pessoas em geral, sem pruridos racistas ou discriminatórios, mas infelizmente com a disciplina um pouco relaxada. Deveria tê-los obrigado a servir ao Exército para aprenderem o que relaxei em ensinar. Mas, o ritmo da vida de hoje, nos leva a descartar opções em função do objetivo maior, que é uma formação universitária, joia da coroa da Classe Média, que tem na Universidade seu marco. Sem curso superior no Brasil, fica difícil ter boas oportunidades e até se manter nesta classe.
      É isto. Educação Básica universal, obrigatória e gratuita para todos, como saída da armadilha onde nos metemos. O país não tem mais tempo a perder, nem ficar pra trás em relação a países menores e menos agraciados que nós, mas que tem índices de IDH muitos superiores aos nossos,

      abraços.

      José Fernando.

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