quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A pá de cal no Plano Real

          Não sei se por desespero com o aumento de seu índice de rejeição eleitoral,  se por vingança com a população que a rejeita e insulta nas ruas, o fato é que nossa presidente da República, jogou o que provavelmente será uma pá de cal no enfraquecido e doente Plano Real.
          O Real, que trouxe uma recuperação fantástica no poder de compra de toda a população, resgatando milhões de pessoas da indigência, libertando o país da hiperinflação, dando segurança aos negócios, trazendo consigo uma cota de sacrifícios ao impedir reajustes salariais e eliminando o fantástico lucro inflacionário dos Bancos e Instituições financeiras, de agonizante passa agora a doente terminal.
      Com a extinção de reservas técnicas do Banco Central, através da liberação dos depósitos compulsórios dos Bancos e Instituições Financeiras (poderoso instrumento de política monetária que regula a expansão monetária e os juros bancários), e dos próprios Bancos, ao liberar as Provisões para Devedores Duvidosos (aquele a ajusta os balanços dos Bancos, em caso de calote), diz estar conseguindo liberar R$25 bilhões para que os bancos financiem o consumo.   Agora, está raspando o fundo do tacho!
           Contrariando as normas mais comezinhas de Economia e Contabilidade Financeira, visando o que parece uma injeção de ânimo em sua campanha, para mostrar ações que "beneficiam" o brasileiro médio, na verdade está realimentando ainda mais a inflação, com esta expansão monetária dos meios de pagamentos, sem contrapartida em expansão de produtos e de poupança pessoal.  Os Bancos ficarão totalmente expostos ao calote, e correrão ao Banco Central, quando isto acontecer!
          Este, por sua vez, não disporá mais dos depósitos compulsórios do Bancos em seu cofre e correrá ao Ministro da Fazenda (diga-se, a dupla Dilma/Mantega).  O que restará fazer?   Promover uma forte desvalorização do Real, frente ao Dólar, para poder emitir o numerário suficiente para pagar mais esta lambança financeira de Dna. Dilma!   A inflação lamberá os 10% anuais (previsão bem conservadora), neste ano ou no próximo e futuro presidente nenhum conseguirá evitar isto!  Haja Bolsa-Família pra segurar a instabilidade social resultante!
         O confisco de ativos da população, ricos e pobres, deixará de ser uma possibilidade para se tornar uma desestabilizadora realidade!  Afinal, com o Tacho raspado, bancos descapitalizados, inflação decolando para nunca mais pousar, onde arrumar dinheiro para tocar o dia a dia do país?   Um país não pode falir e fechar as portas, como ela fez com sua lojinha de R$1,99, no Rio Grande do Sul.
          O que venho alertando, desde 6 de fevereiro de 2013, com a matéria "A Política Econômica Infernal", publicada neste Blog,  lamentavelmente, vai acontecer! E olhem que publiquei o título em caixa alta, como se estivesse gritando e pedindo socorro!
          O que posso aconselhar à população em geral é que, não caiam neste canto de sereia, não tomem mais empréstimos, faça sua poupança para adquirir o bem no futuro, à vista e por bom preço.  Afinal, comprar com preço "picadinho", em muitas prestações, leva o consumidor a se preocupar mais com o valor da prestação do que com o preço real do produto.   Isto poderá atrasar um pouco o fim do Plano Real.
          O Governo, por seu lado já está usando o calote para reforçar seu resultado fiscal, que como já disse na matéria "2015 - o ano que não vai começar", corre o risco de não fechar este ano.  Espetou uma conta de quase R$4 bilhões na Caixa Econômica Federal, ao não pagar os repasses efetuados em pagamentos de Bolsa-Família, benefícios sociais e aposentadorias do INSS.  De novo, vai forjar pagamentos de dividendos das Estatais para fechar as contas, transformando despesas em investimentos.

          

Nenhum comentário:

Postar um comentário