terça-feira, 26 de agosto de 2014

Pedalando para a Economia brasileira não cair!

          Todos sabemos que ao andarmos de bicicleta, o que acontece se pararmos de pedalar.   A bicicleta não se sustenta em pé e caí!   Para evitar a derrubada das contas públicas, o governo vem usando, desde maio deste ano de 2014, a técnica de transferir despesas correntes e incorridas, de um balanço mensal para o seguinte, e assim sucessivamente.  Esta técnica é criativamente chamada de "pedalada fiscal".
          O Dilmês Econômico, que já cunhou termos como "contabilidade criativa", que é a arte de transformar despesas em investimentos e transferências de dinheiro em receitas,  vem agora com este termo que demonstra o estado de deterioração das contas públicas.
         Os bancos estatais, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, já vem desde maio pelo menos, suportando as despesas com pagamentos de benefícios sociais, aposentadorias do funcionalismo público e o Bolsa-Família, que não tem sido repassadas pelo Tesouro Nacional, de forma automática.  Esta conta já está em quase R$5 bilhões na CEF e mais de R$4 bilhões no Banco do Brasil.  Isto configura um empréstimo concedido ao controlador do Banco, repelido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.  Este dispositivo da lei foi criado para impedir que os governadores de Estado sacassem a descoberto em seus bancos estatais.  Não se esperava que a própria União fosse fazer isto.  Se for obrigada a contabilizar este déficit em conta, nem contabilidade criativa consegue fechar o balanço este ano!
          O Plano de Sustentação de Investimentos, para permitir a recuperação da Economia, totalmente esfarrapada pelo erros primários do Governo Federal,  já deixa um déficit, não divulgado pelo governo, mas estimado pelo Mercado em mais de R$20 bilhões!  Os repasses não tem sido efetuados aos bancos privados!
          O governo diz que não, que são só "pequenos atrasos", que já estão sendo regularizados.  Seria como uma espécie de cheque especial, não um empréstimo.
         O FMI (olha ele aí de novo!) e o Banco Mundial vão promover um painel sobre "Transparência Fiscal" no próximo encontro anual das entidades, a ser realizado em outubro, onde o Brasil será convidado a explicar estas técnicas malabarísticas da Contabilidade Pública.   
          O governo vem culpando "certa imprensa" pela divulgação de dados assustadores, mas alega que tem honrado os compromissos quando ele se apresenta.  A verdade é que, quando a "certa imprensa" noticia o déficit em conta corrente nos bancos estatais, o governo se apressa em depositar os recursos, deixando a conta levemente positiva.  É mais ou menos o caso do pai de família pendurado no cheque especial que, no início do mês recebe o salário na conta e zera o saldo do cheque.  Ao longo do mês, o déficit se apresenta novamente e muitas vezes, supera o saldo devedor anterior, já que acrescido dos juros!  A bola de neve cresce, rolando ladeira abaixo, até o ponto de arrasar tudo!
          Se considerarmos que temos um número grande demais de indicadores deficitários, como o Saldo das Transações Correntes com o Exterior  (negativo em mais de R$60 bilhões, no acumulado dos últimos doze meses),  expansão do PIB abaixo de 1% (rumando para o negativo, se as contas forem feitas direito), Superávit Primário, também abaixo de 1% (se considerar estas despesas e adiantamentos feitos pelos Bancos públicos e privados, o superávit vira déficit), a queda da arrecadação federal (estimada em 13,8%) este ano, e o ritmo devagar, quase parando da industria de transformação, veremos que o horizonte à frente se apresenta sujeito a chuvas e trovoadas!   
         O guarda-chuva será a desvalorização cambial, o bloqueio ou confisco de ativos, para diminuir a quantidade de dinheiro em circulação e a tal da Estagflação (mercado parado e inflação crescendo).  Dna. Dilma, a dona de casa comum da propaganda política, falou recentemente em entrevista, que guarda R$150 mil em casa, para o caso de necessidade. Perguntada pelo repórter se R$10 mil não seria suficiente, respondeu:  Dez mil reais não é nada!  Entenderam o recado?

          Agora tenho certeza, o ano de 2015 não vai começar, será encenado! 

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