O PT e a Síndrome de Estocolmo ou o Casuísmo da Ditadura Militar

          Temos mais um instrumento da ditadura militar ressuscitado pelo partido político no poder.  Depois do intervencionismo econômico, do controle de preços, a inflação de volta com força e o controle do Congresso exercido a base de pressões e com o rolo compressor da maioria situacionista, temos de volta o Casuísmo para conter os dissidentes e a Oposição.  É a típica Síndrome de Estocolmo, quando a vítima, sequestrada e presa, passa a admirar seu algoz, que tem o poder de vida ou morte sobre ela.

          O casuísmo foi a adoção de medidas legais para cortar as asas da oposição no tempo da ditadura militar, impedindo que as decisões do governo de então fossem contestadas pela oposição no Congresso, impedindo muitas vezes que fossem implementadas.  Era preciso conter a oposição, dando tranquilidade ao governo para trabalhar sem embaraços causados pelos descontentes.  Era a chamada Paz dos Cemitérios.  Tudo se fazia sem um pio da oposição!

           O PT continua se inspirando na ditadura militar para a adoção das medidas que possam blindá-lo da oposição cada vez mais crescente dentro do Congresso Nacional.  A sua meta é a mesma que inspirou seus militantes na luta armada contra o regime militar:   Implantar a ditadura do proletariado ou de forma mais moderna, a ditadura da esquerda socialista, já que estão todos ricos!

       O que falar de medidas como o PL(projeto de lei) que retira do Ministério Público o poder de Investigação criminal, os óbices levantados em outro PL à criação de novos partidos, resultantes ou não da fusão de partidos anteriores e a absurda invasão de competência do Legislativo sobre o STF (Supremo Tribunal Federal) buscando avaliar e julgar se as decretações de inconstitucionalidades do STF de leis aprovados no Legislativo serão aceitas ou rejeitadas?

         O Ministério Público Federal que mesmo aparelhado pelo partido do Presidente da República, foi obrigado pela opinião pública a apurar e denunciar a organização criminosa que se instalou no Congresso Nacional para a cobrança e pagamento de propinas em troca de votos nas proposições governamentais, será impedido de efetuar novas investigações, para que não possa encontrar mais podres desta corja que tomou de assalto o país.  Isto é ou não é um casuísmo para blindar a ladroagem que se instalou nas casas legislativas?

         O segundo e grave casuísmo é a tentativa de impedir uma forte candidata à presidência da República, a ex-senadora Marina Silva, de fundar um novo partido, escoimado dos vícios dos partidos atuais, possibilitando sua candidatura a partir de um partido novo e com tempo na TV.    O PL em discussão, veta o acesso ao fundo partidário dos novos partidos, deixa apenas 5 segundos para os novos partidos (calculados a partir de uma pequena parcela do tempo total dividido por todos os partidos) usarem o tempo de TV, isto se não conseguirem simplesmente impedir o acesso.  Tudo isto há um ano da eleição!

       Sufocando o lançamento de candidatos com capacidade de atrair votos, o PT pretende levar a eleição no primeiro turno!  Talvez imagine o candidato único, sem contestações e com unanimidade.  Depois enfim, eleições pra quê?  Já temos a unanimidade!

         O terceiro e mais grave casuísmo é o PEC em discussão e provisoriamente suspenso pelo presidente da Câmara, Eduardo Alves, que trata da competência do Congresso para decidir se a decretação de inconstitucionalidade de alguma lei feita no Legislativo pelo STF será aceita ou rejeitada.   O condenado passará a decidir se aceita ou não a decisão da Justiça!  O argumento principal é que deve ser o povo ou seus representantes que decidam pela constitucionalidade das leis!  O STF, fiscal da Constituição, simplesmente perderá sua maior atribuição.  É clara vingança pela ousadia de punir e sentenciar os líderes do partido do governo, o tal que quer implantar ao final a ditadura da esquerda socialista.

          E você leitor, vai ficar aí parado assistindo tudo sem reclamar?  A paz dos cemitérios já chegou até você?

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