sexta-feira, 28 de junho de 2013

A Reforma Política e eleitoral pedida e a oferecida.

          Continua a surdez e cegueira do Congresso Nacional que trabalha voltado de costas para a população que o elegeu.
          Em resposta às reivindicações das ruas, que pedem tratamento igualitário previsto na Constituição (Todos são iguais perante a lei), como o fim do foro privilegiado para políticos e autoridades em geral, para que todos sejam julgados nas mesmas condições, fim da aposentadoria dos políticos que recebem o valor integral após dois mandatos, para que todos se submetam ao regime previdenciário comum ao da população, com tempo de contribuição, condições e benefícios idênticos  e o fim das custosas verbas de representação,  que incluem franquias absurdas de combustíveis, passagens aéreas, auxílios-paletó e outros, recessos e férias maiores que os concedidos à população, legiões de assessores pagos com dinheiro público, etc., resolvem responder com uma reforma política apenas com os temas que lhes são caros:  Voto proporcional ou distrital, lista aberta ou fechada de candidatos, financiamento público de campanhas, etc.
           Significa que ao votar em um determinado candidato que o eleitor considere adequado, leve junto uma penca de candidatos cujas idéias e interesses são desconhecidos.  O resultado está aí.  Suplentes e congressistas eleitos com o voto de legenda, porém sem votos, usam o mandato para satisfazer apenas seus interesses e dos grupos que o apoiam. Com tudo, mais uma vez pago por nós!
          É fácil tirar direitos adquiridos dos outros, aumentar tempo de contribuição, obrigar o trabalhador a continuar pagando previdência mesmo após aposentado, diminuir o valor do benefício máximo pago, quando seu próprio regime previdenciário não é afetado, como se pertencessem a outra galáxia.  O dinheiro dispendido pelo governo Lula com os "mensalões" amorteceu consciências e engordou contas bancárias, garantindo antecipadamente a aposentadoria destes políticos.  A população que se dane!
         Esta dicotomia entre o que a população exige agora, após 21 anos de um sono entorpecido, e o que os políticos com poder decisório oferecem, vai acabar nos custando muito caro!   Os custos das depredações e saques, que todos vamos acabar pagando com obras novamente superfaturadas e serviços pagos mas não prestados, serão mínimos se estourar a revolta da população por culpa da hipocrisia e procrastinação do Congresso Nacional e da Presidência da República.
          
         Ao Congresso Nacional e nossa presidente da República:  Abram seus olhos e apurem seus ouvidos logo, antes que seja tarde!

         Não queremos apenas uma reorganização política que continue mantendo privilégios dos partidos maiores, mas uma reforma política, administrativa e eleitoral digna do nome, proibindo aos políticos e presidentes da República legislar em causa própria, atribuindo-se direitos e benesses à custa da população., como foro privilegiado, aposentadorias especialíssimas, imunidade parlamentar irrestrita para todo tipo de crime e reajustar seus próprios salários, enfim, tudo que os protegem de nós, cidadãos pagadores de impostos e eleitores.  Para diminuir o poder criminoso da classe política, será necessário rever inclusive o voto do analfabeto ou seu peso no coeficiente eleitoral.  Hoje, políticos se elegem inclusive com o voto de presidiários, que vivem em regime de mera restrição de liberdade, mas não de direitos.  Presos não respeitaram o direito alheio, por quê não lhes restringir os direitos quando condenados?
        O voto facultativo deve ser rediscutido, inclusive com a possibilidade de anular a eleição se o comparecimento for inferior à metade mais um dos eleitores registrados. Não podemos esquecer que o voto facultativo é direito e o voto obrigatório é dever.  A diferença é clara:  Enquanto em um se exerce um direito conscientemente, no outro cumpre-se uma obrigação, tendo-se que votar em qualquer candidato, seja honesto ou ladrão!  anular ou deixar em branco é ter seu voto descartado, sem peso no resultado.
        Os voto nulos ou brancos precisam ter peso no coeficiente eleitoral, restabelecendo a verdadeira porcentagem de eleitores que votaram no candidato.  Um exemplo foi a reeleição do FHC contra o Lula.  Embora eleito com 33% dos votos contra 16 % do Lula, constou maioria de 68,75% contra 33,3% dos votos obtidos pelo Lula, expurgados os 52% de votos nulos e brancos, que se considerados, anulariam a eleição.  Apenas 48% dos eleitores registrados sufragaram os candidatos.
          Corre na Internet uma versão que se a maioria anular o voto, a eleição seria cancelada e refeita com outros candidatos. Pura lenda!  Uma vez que votos nulos e brancos não integram o coeficiente eleitoral, no limite, se apenas um candidato votar em si próprio, estará eleito com 100% dos votos válidos!
          Precisamos continuar de olho neles!  Vamos cobrar!  Só trabalham se forem vigiados!

http://josefernandoesteves.blogspot.com.br/
          

7 comentários:

  1. O que vemos é que estes privilégios dos políticos não servem para garantir a imunidade parlamentar e garantias de trabalho com tranquilidade, mas licença para delinquir(agora sem trema)!
    A própria imunidade parlamentar só deveria servir para crimes de opinião proferidos da tribuna.

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  2. É lamentável a postura de nossos atuais Políticos, são Cegos, Surdos e Prepotentes,
    devemos dar um NÃO na próxima Eleição, devemos Lutar até que tudo seja mudado!
    Veja que a PEC 37 foi derrubada, então Eles políticos querem regulamentá-la pra colocar o que o MP podem fazer. Realmente nao tem jeito, Fora a todos!!!

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    1. Louback,
      Recebi um e-mail informando que a "presidenta" Dilma sancionou uma lei do Congresso Nacional de nº 12.830/2013, estabelecendo que as investigações criminais são privativas da Polícia Judiciária e tira poder do Ministério Público. Isto depois do próprio Congresso rejeitar a MP nº 37!
      Isto pode? Poooode!

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  3. Marcos Teixeira Tavares.2 de julho de 2013 às 13:34

    Até quando seremos enganados? O que fazer? Somos todos vamos ver o que dá. Temos que nos organizarmos.

    (transcrito do e-mail para esta página)

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    1. Marcelo,
      A população está se organizando sem líderes, só com o uso das redes sociais na internet. Esperamos que em algum momento, alguns líderes se destaquem, desde que não comecem a falar em seu próprio nome. As vezes, a vontade de aparecer atrapalha e empobrece o debate. Se conseguirmos tirar das ruas um líder competente e preparado para mudar tudo isto, seremos todos vitoriosos!
      agradeço seu comentário. Abraços.

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  4. O que mudou em pouco mais de dois mil anos? Nada!?!?!
    63 a.C a 2012 d.C
    Lúcio Sérgio Catilina, dono de uma personalidade doentia sempre se comportando como desclassificado e mesmo como delinquente criminal ao longo de sua carreira, assassinando membros de sua família, tendo relações sacrílegas, ao que diziam, com uma vestal que lhe entregara a virgindade.
    Esse romano sempre fez parte dos privilégios consulares e sempre tentando ser cônsul, apesar dos constantes fracassos.
    Como eterno candidato e não sendo muito prudente, à medida em que o período eleitoral avança, seu programa é cada vez mais revolucionário, sua agitação, mais desordenada; pronuncia discursos violentos, como que Salústio relata em sua Conjuração de Catilina, e busca soblevar a seu favor, contra a República romana, os muitos indecisos de todas as categorias e tendências.
    Desde que a República romana tornou-se a presa de alguns homens poderosos, e somente a eles que os reis e os tetrarcas são tributários, que os povos e as nações pagam impostos. Nós todos, cidadãos corajosos e honestos, nobres e plebeus, somos o povo desdenhado, sem crédito, à mercê dos que faríamos tremer se a República fosse livre. Assim, favores, poder honrarias e riquezas são destinados a eles; a nós, deixaram apenas as afrontas, os perigos, as condenações e a miséria.
    Evocando os optimates, os senadores escondidos atrás do muro de dinheiro continuam em seu mar de fartura, compram quadros, estátuas, vasos trabalhados, derrubam prédios recém-construídos, constroem outros no lugar, gastam, esbanjam de todas as maneiras seu dinheiro, sem que essas prodigalidades insanas esgotem suas riquezas. Quanto a nós, temos somente miséria no lado de dentro, dívidas do lado de fora, um presente que nos desespera, um futuro mais triste ainda; pois, afinal, o que nos resta?
    Estará o nosso país em plena “catilinização” representado por uma horda de políticos cuja corrupção é a única meta? Não, não podemos perder a esperança de um dia termos um país com homens dignos e honrados no comando de tão bela Nação, mesmo que seja um sonho, já que às vezes eles acontecem!
    O tempo passa e a história fica muitos jamais estarão nela, outros ficarão como vilões, enquanto alguns poucos farão a verdadeira história desse país.
    Abs.
    Marcelo

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    1. Marcelo,
      Vemos que o problema da Democracia é muito antigo. Os que tem o poder fazem as leis trabalhar a seu favor em detrimento da população pagadora de impostos.
      Legislam em causa própria, criando e ampliando privilégios pessoais, até o limite insuportável da revolta popular. Aí, começa tudo de novo.
      Diz-se que a Democracia é o pior dos regimes, excetuados todos os outros.
      Os contrapesos e o próprio fiel da balança democrática são manipulados para pender a favor dos poderosos, à custa da população.
      Por esta razão precisamos nos manter mobilizados e vigilantes se quisermos um país mais justo.

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