segunda-feira, 25 de março de 2013

A reeleição como meta de governo, de novo.

           Escrever matéria sobre os acontecimentos políticos brasileiros é muito estafante.  A todo momento somos atropelados pelas estripulias deste governo já sem vergonha de errar e prosseguir no erro.  Agora, após a gastança eleitoral do governo anterior que custou a atual aceleração da inflação, nossa presidente antecipa a corrida eleitoral de 2014, usando como conselheiros da reforma do Ministério os antigos ministros, defenestrados por corrupção e mau uso das verbas públicas.  Reforma com finalidade de acomodar os aliados, preparando a campanha eleitoral, praticamente sem adversários à altura, mas a um custo que deve fazer a inflação subir mais ainda.
          Se já disse a que veio com suas políticas econômicas intervencionistas do tempo da ditadura militar, a manipulação de índices com contabilidade "criativa", controle de preços de insumos básicos, transportes com preços contidos em São Paulo, diminuição forçada dos preços de energia elétrica em tempos de sobre consumo e investimentos insuficientes em matrizes energéticas, descapitalização da Petrobrás e agora obrigando a Vale a triplicar os royalties da mineração aos Estados produtores, Minas Gerais e Pará, que jogou seus preços em Bolsa de Valores a níveis mínimos, a presidenta se dedica a ampliar a gastança pública com finalidade eleitoreira, a quase dois anos do fim do mandato.
           Os investidores estrangeiros, insatisfeitos com as constantes mudança de regras e intervenções cada vez mais constantes, estão saindo de suas posições no Bovespa e levando seus capitais para portos mais seguros, como México e Chile.   O resultado é que o dólar subiu, ultrapassando novamente a marca dos R$2,03.
          É certo que câmbio barato facilita as importações e contribui para o déficit na balança comercial, mas obter elevação do câmbio assustando os investidores estrangeiros, corroí a credibilidade já abalada do governo brasileiro no exterior.
          Em tempos de crise e fugas de capital da Europa, o momento é de oferecer um porto seguro para o dinheiro no Brasil, remunerando menos e ampliando o deposito compulsório dos bancos no Banco Central para conter o excesso de liquidez, veneno da economia que sobrealimenta a inflação.
          
       Mas o Governo faz o contrário.  Assusta investidores, aumenta a liquidez financeira, com créditos consignados a juros baixos para o consumo, desonerações sem contrapartida em receitas tributárias alternativas, e o pior, desestabiliza o caixa das empresas estatais, reduzindo-lhes a capacidade de investimento e geração de empregos e riquezas.
        Maciços investimentos em infraestrutura, geradores de emprego e eliminadores de gargalos em energia, logística em transportes marítimos, terrestres e aéreos, deveriam estar sendo feitos com este capital à disposição, mas não, o momento é de preparar a continuidade, seja a que preço for.  O país pode esperar para depois da eleição, depois da Copa do Mundo, depois da Olimpíada, depois do PT.
         Com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) estagnado há dez anos, mesmo tempo do PT no governo, patinamos na 85ª posição mundial, sem educação, sem moradia, sem saúde, sem segurança. sem vergonha!

http://josefernandoesteves.blogspot.com.br/
          
        
         

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