O governo petista da Sra.. Dilma Roussef, nossa presidenta, prossegue com a politica intervencionista na economia. Após a gastança promovida por seu antecessor para elegê-la, que empurrou a inflação para um novo patamar, devido ao excesso de liquidez financeira, agora faz uso das empresas estatais ou ex-estatais como instrumento de política econômica, visando obter com a demora em promover reajustes, ou determinando redução em contas de luz, uma diminuição temporária dos índices inflacionários.
Esta política tem pernas curtas e se esgota em sí mesma. Também temos as desonerações fiscais que reduzem o caixa do Tesouro, diminuindo as margens de custeio e investimentos, e contrariam a Lei de Responsabilidade Fiscal, instrumento fundamental da estabilidade, uma vez que não indicam receitas alternativas às desonerações promovidas.
Financiamentos ao consumidor sem investimentos em produção e novas tecnologias conduz ao envenenamento a médio prazo dos fundamentos econômicos. Num primeiro momento até funcionam bem, mas depois esta política além de esgotar-se no limite de capacidade de endividamento do consumidor, promove um excesso de liquidez que desequilibra os preços.
O raciocínio é simples: Com dinheiro no bolso, o consumidor não se preocupa muito com preços dos produtos. Compra o que precisa ou deseja. Os comerciantes ajustam os preços de acordo com a procura e assim, a economia parece que anda, o dinheiro circula, etc., mas em breve a espiral inflacionária se manifesta, como vem se manifestando, e essa liquidez artificial, promovida à custa de empréstimos que terão que ser pagos, empurra os preços cada vez mais para cima.
Os salários não acompanham, a capacidade de endividamento pessoal se esgota, o comércio começa a estagnar, a industria acumula estoques e começa a demitir, o desempregado não paga suas dívidas e os bancos quebram. Já vimos isto recentemente nos Estados Unidos e Europa. A quebradeira do Sistema Financeiro foi geral. Os maiores bancos americanos e europeus sumiram do mapa. Os dois maiores financiadores imobiliários dos Estados Unidos (equivalentes ao nosso sistema de poupança) Freddie Mac e Fannie Mae, quebraram porque os mutuários desempregados entregaram os imóveis supervalorizados que não conseguiam pagar. O Tesouro americano teve que intervir e injetar trilhões de dólares para impedir a quebradeira generalizada. E não aprendemos nada com isto! E não temos sequer a capacidade de emitir sem produzir uma hiperinflação. Nosso Real é uma jovem moeda, ainda se afirmando no mercado internacional. A contabilidade "criativa" do Sr. Mantega, ajudou a desacreditar a nossa capacidade de produzir políticas efetivas de administração que garantam a estabilidade econômica. Viramos piada nos círculos financeiros internacionais.
A nova ideia da equipe econômica do governo já em fase de Medida Provisória é obrigar a Cia. Vale a triplicar o pagamento de royalties de minérios aos estados produtores, Minas Gerais e Pará. Isto jogou os preços dos papéis da Vale, que já estavam baixos, para níveis de 2003, logo após Lula assumir. Não se brinca com a Economia impunemente. A conta vai chegar!
O presidente metalúrgico falou em "marolinha" que não nos afetaria, saiu e deixou para a sucessora, uma série de marolinhas que insistem em bater na praia. A cada marola, vem uma outra um pouco maior.
A Argentina, a nosso lado, debate-se numa política de controle de preços, maquiagem de índices, atraso nas compras governamentais e pagamentos, amordaçamento da mídia para que o povo acredite que tudo vai bem e vote nos mesmos e agora, vira-se contra nós, brasileiros, ameaçando com a proibição de importar automóveis aqui fabricados, único item que somos superavitários nas trocas comerciais com eles. A Argentina faz água em todos os fundamentos econômicos e vemos a Sra. Dilma seguindo-lhe os passos, mesmo que negue, como se naquele exemplo estivesse a salvação.
Maquiável dizia que em matéria de políticas de governo, a maldade se faz de uma só vez, e não em pequenas doses. Desvalorização cambial também. Reajustes para equilibrar preços e recuperar a capacidade de investimento das empresas estatais, idem. O mercado que se auto regule. O consumidor que pesquise preços antes de comprar. Sem clientes, os preços caem.
Reduções tarifárias inibem investimentos e incentivam o aumento do consumo. É claro que não vai dar certo!
A Política de micro reajustes desequilibra os preços e ameaça a estabilidade fiscal, tão duramente alcançada. Não podemos seguir por este caminho.
O arremedo de recuperação da economia, mostrado em alguns índices, são em grande medida reflexos dos cortes temporários de impostos e reduções tarifárias de serviços públicos. Esta política tem data certa para acabar. Não se fala mais em reforma tributária, digna do nome, e isto é um claro sinal que a política do governo é um retorno às políticas intervencionistas do Regime Militar de 64, tão combatido antes e agora seguido como modelo econômico.
http://josefernandoesteves.blogspot.com.br/
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